Expandindo o conhecimento no área do Franchising
O Sebrae do Grande ABC e a Acisbec (Associação Comercial de São Bernardo
do Campo) promoveram na manhã desta quinta-feira, 13 de agosto, o 2º Café com
Franquias. O evento lotou o auditório da Associação Comercial, registrando 150
participantes.
O gerente do Escritório Regional do Sebrae no Grande ABC, Arthur Achôa,
abriu o evento, dizendo que existem basicamente dois perfis de franqueados:
aqueles que ficam desempregados e buscam uma ocupação; e o empreendedor que
vislumbra uma oportunidade de negócio. “A franquia é um caminho mais seguro,
mas, para ter sucesso, vai depender do perfil empreendedor do franqueado”.
Achôa destacou que o Sebrae possui um produto – Análise do Perfil do
Potencial Franqueado – que pode orientar os interessados. “Estamos à disposição
no Escritório Regional, com a equipe de consultores para atendê-los.”
A palestra de abertura foi feita pelo diretor de Inteligência de
Mercado, Relacionamento e Sustentabilidade da ABF (Associação Brasileira de
Franchising), Claudio Tieghi. Ele informou que o Brasil tem atualmente três mil
marcas de franquias em atividade.
Segundo Tieghi, em 2014, o mercado de franchising cresceu 7,7%, superior
ao varejo tradicional, que obteve crescimento de 2%. “A franquia tem menor
índice de mortalidade, mas os negócios não são infalíveis.” O diretor da ABF
lembrou que “não dá para comprar uma franquia e descansar”. “Se o franqueado
não estiver atento diariamente ao seu negócio, não funciona.”
Três empresários,
proprietários de lojas franqueadas, apresentaram suas experiências. Janaína
Ama, das franquias Morana (bijuterias) e Touch (relógios), com lojas em São
Bernardo do Campo e Diadema, disse que acompanha de perto o dia a dia de suas
lojas. “São 24h de dedicação, de segunda a segunda. É a sua empresa e, se você
não se empenhar, não vai para frente.” Janaína contou que para motivar seus
funcionários trabalha com sistema de premiações. “Considero melhor que
comissão. A bonificação é um incentivo, que faz aumentar as vendas.”
Valdirene Bonatto, da Mister Mix e Bonatto Baby e Planejados, também
referiu-se ao acompanhamento diário das operações: “Aprendi a ficar no caixa, a
fazer milk-shake, porque é preciso ter conhecimento de todo o funcionamento do
negócio”. Valdirene é advogada, desdobrando-se entre o escritório de advocacia,
a administração das lojas franqueadas e a ainda a empresa da família, onde é
diretora financeira. Ela aconselha o futuro franqueado a buscar conhecimento
jurídico, contábil e observar sempre o demonstrativo de resultados. “Isso é
essencial.”
Valdir de Araújo, da Cacau Show, com loja no Extra Anchieta, passou a
receita para quem pensa em abrir uma franquia: “Tem de ser determinado,
paciente, sabendo que não vai colher resultados imediatos”. Valdir define-se
com um empreendedor “disciplinado, organizado, que sempre sonhou em montar seu
próprio negócio”.
O franqueado da Cacau Show revelou que tinha um emprego “muito bom” e
que deixou o posto de trabalho, quando vislumbrou uma oportunidade: “O ponto
era excelente e eu não queria perder a chance. Busquei uma franquia que fosse
profissional, com projeto arquitetônico e linha de crédito”. Segundo Valdir, “a
possibilidade de dar certo, quando se toma esses cuidados, é muito grande”.
Valdir ainda ressalta que “toda semana sou procurado por pessoas com
intenção de abrir uma franquia e a principal pergunta é: ‘Qual a média de
faturamento?’ Essa não é a pergunta que deve ser feita, e sim o entendimento do
cenário, da compatibilidade com a marca, do grau de disposição do empresário
para trabalhar e melhorar os resultados”.
O evento, que está em sua segunda edição, tem cada vez mais interessados
no assunto e com perspectiva de serem feitas duas edições por ano.
Fonte: http://www.sebraesp.com.br/index.php/42-noticias/empreendedorismo/16989-2-cafe-com-franquias-lota-au...
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